Nas etapas de desenvolvimento do ser humano há um constante evoluir desde o início da fase intra-uterina até a fase adulta. O corpo cresce e se transforma.
Desde bebê o ser humano aprende diferenciar o seu eu do outro, a compreender o que lhe dizem, aprende a falar, andar, coordenar as necessidades básicas, viver em comunidade, ir para a escola e absorver as informações e muitos desafios mais. É um desenvolvimento integral.
Mas, segundo os médicos, o nosso corpo tem a capacidade de manter-se e produzir tudo o que necessita para viver bem até os 30 anos. A partir dessa idade há uma diminuição do ritmo de absorção e reposição dos nutrientes. Se em nossa sociedade houvesse a cultura e a disponibilidade de uma medicina preventiva, seria nessa idade que procuraríamos um médico, mesmo sem ter ainda nenhum sintoma de carência ou doença. Porém sabemos que no Brasil essa é uma possibilidade ainda muito distante.
Nossa realidade é baseada na premissa de que a pessoa deve recorrer ao médico somente quando sentir algo diferente. Assim os anos vão se passando até chegar na terceira idade. Idade da aposentadoria e da diminuição da carga de trabalho para alguns.
Algumas pessoas se sentem tão cansadas e desgastadas que sonham em aposentar-se e poder descansar. Almejam ter sossego e o suficiente para viver o resto de suas vidas com dignidade.
Outras pessoas são ainda tão engajadas e produtivas que não querem parar de trabalhar. Têm saúde e disposição. Mesmo que se aposentem em seu trabalho, procurarão outra atividade para manterem-se ativos.
Existem aquelas pessoas que se identificaram tanto com o seu trabalho, que não conseguem desligar-se da sua função e encaram a aposentadoria como uma afronta e um desrespeito a tudo o que fizeram pela empresa. Não admitem ser afastados e ficam doentes, chegando algumas vezes a uma depressão tão profunda que esquecem o sentido do que é viver.
Por fim, infelizmente, há o grupo de pessoas que se aposenta porque têm idade, mas a aposentadoria é irrisória e, por isso têm que seguir trabalhando mesmo sem ter saúde ou condições.
Seja em que grupo for, todos estão na terceira idade, que agora resolveram chamar de melhor idade.
A terceira idade tem características próprias e deve ser acompanhada de perto pelo médico de sua confiança. O enfraquecimento e desgaste do organismo devem ser levados em conta na hora de realizar qualquer atividade.
Além do acompanhamento médico é importante que se realize uma atividade física adaptada às necessidades de cada indivíduo.
O acompanhamento psicológico deve ser procurado sempre que notar mudanças no estado de humor ou comportamento.
Do meu ponto de vista, não deveria ser chamada de melhor idade. A melhor idade deve ser sempre aquela em que nos encontramos, independente da cronológica. O importante é viver bem cada momento de nossas vidas e aprender com todas as experiências.