Como é ser adolescente hoje?
Que papel desempenha com os amigos, com a família e na sociedade?
Como se sente e pensa?
O que pensa?
O que sente?
Quando era pequena, a criança tinha uma identidade definida, que embora em
construção, era facilmente definida pelos que a conheciam. Como por exemplo: o João
é sapeca, mas estudioso. É um perfil moldado pela família e pela sociedade onde se
vive. A criança era o que lhe ensinavam e o que captava intuitivamente.
Mas na adolescência tudo muda e se perde o referencial, não se aceitam pré-conceitos
estabelecidos e se busca uma nova identidade. O corpo se transforma e fica difícil
definir quando se deixa de ser criança e o quanto ainda não se é adulto.
Os amigos estão passando por isso também e igualmente se sentem confusos. Então
se recorre aos modelos em destaque. Através da televisão, cinema, shows, se procura
alguém pra servir de modelo a seguir. Seja na roupa, nas atitudes, na linguagem, na
aparência.
No meio de tanta procura, se perde o principal – a própria identidade. Isso é algo que
está em cada um. Ninguém é igual e devemos ser felizes por isso. Não somos clones,
não somos bonecos, nem precisamos nos parecer a ninguém. Cada um tem suas
características, seu caráter, seus valores e desejos. Tem seus sonhos!
O que importa então é buscar a verdade dentro de si. O autoconhecimento. Somente
quando se conhecer, poderá atuar como realmente é, sem máscaras, sem se esconder
nem ter vergonha – a famosa timidez por não se aceitar.
A partir do momento que se aceita e respeita como é, pode mudar o que não gosta e
atuar como deseja.
É preciso se conhecer, se amar, se respeitar e se valorizar. Não se pode esperar que o
outro faça isso por nós, se nós mesmos não o fizermos primeiro.
Psicóloga Inês Hurtado de Oliveira Niero
CRP06/19.519