A obesidade deixou de ser vista apenas como um complexo e fator de discriminação social.
Ela é uma doença que traz riscos maiores para a saúde. Ela propicia o surgimento, desenvolvimento e agravamento de problemas ortopédicos, varizes, insuficiência cardíaca, diabetes do tipo 2, insuficiência respiratória, etc.
. É uma doença crônica, com uma grande prevalência nos países desenvolvidos, afetando pessoas de todas as idades, reduz a qualidade de vida e tem elevadas taxas de morbidade e mortalidade.
Estima-se que, em 2025, 50% da população mundial será obesa, a doença é considerada epidemia do século. XXI.
Nas últimas décadas tem havido no Brasil, para um progresso econômico e social. Este curso tem tido um grande impacto nas condições de vida da população. Em primeiro lugar, a melhoria das condições de vida e acesso aos cuidados de saúde tem vindo a aumentar expectativa de vida, que atinge, hoje, a 75,8 anos para homens e mulheres para 74,4 anos em média. Além disso, o sedentarismo e o livre acesso aos alimentos de alto teor calórico provocaram um franco aumento dos índices de obesidade na população. “.
Segundo a OMS, a obesidade atinge 7% da população mundial enquanto 14-20% apresentam sobrepeso. Estima-se que 38% da população brasileira adulta está acima do peso (> 25 kg/m2), com maior incidência entre as mulheres.
O excesso de gordura corporal ocorre porque a quantidade de energia consumida é maior do que a quantidade de energia gasta.
Os fatores que determinam este desequilíbrio são complexos e podem ter origem genética, metabólica, ambiental e comportamental.
Hiper-energética , uma dieta com excesso de gordura, hidratos de carbono e de álcool, combinado com uma vida sedentária, leva à acumulação de excesso de gordura corporal.
Os dados científicos sugerem que existe uma predisposição genética que determina, em alguns indivíduos, um maior acúmulo de gordura na região abdominal, em resposta ao excesso de ingestão de energia e / ou diminuição da atividade física.
Existem vários fatores de risco:
Os dados científicos sugerem que existe uma predisposição genética que determina, em alguns indivíduos, um maior acúmulo de gordura, porque eles tem maior número de células adiposas.
Filhos de pais obesos, herdam essa característica e tem maior predisposição a serem crianças obesas e adultos obesos.
Sedentarismo – o grande número de horas que passam diante da televisão ou do computador, associado também à ingestão de alimentos nesse período.
Local de residência e meios de transporte – a tendência é cada vez maior de dirigir ou locomover-se através de meios de transporte, esquecendo do saudável hábito de andar a pé.
Falta de tempo – o horário do almoço é restrito e as pessoas comem “qualquer coisa” pra enganar a fome ou comem em fast-food, onde a quantidade de alimentos calóricos é maior.
Uma dieta com excesso de gordura, hidratos de carbono e de álcool, combinado com uma vida sedentária, leva à acumulação de excesso de gordura corporal.
Gravidez e menopausa – são épocas onde ocorrem alterações hormonais que podem contribuir para o aumento do armazenamento de gordura.
A obesidade pode ser dividida em andróide, abdominal ou visceral – quando a gordura se acumula na parte superior do corpo, especialmente no abdômen. É típica do homem obeso. A obesidade visceral está associada a complicações metabólicas, como diabetes tipo 2 e dislipidemia, e as doenças cardiovasculares, como hipertensão, doença coronariana e doença cerebrovascular e da síndrome do ovário policístico e disfunção endotelial (ou seja deterioração do revestimento dos vasos sanguíneos). A associação da obesidade a estas doenças está dependente da gordura intra-abdominal e não a gordura corporal total.
Ginecóide tipo de obesidade – quando a gordura é distribuída, principalmente, na metade inferior do corpo, principalmente na região glútea e coxas. É típico das mulheres obesas.
As conseqüências da obesidade na saúde são numerosas como:
Sistema cardiovascular – hipertensão, aterosclerose, insuficiência cardíaca congestiva e angina de peito;
Complicações metabólicas – hiperlipidemía, mudanças na tolerância à glicose, diabetes tipo 2, gota;
Sistema pulmonar – dispnéia (dificuldade respiratória) e fadiga, síndrome de insuficiência respiratória de obesidade, apnéia do sono (ronco) e embolia pulmonar;
Aparelho gastrointestinal – esteatose hepática, litíase vesicular (formação de areias ou pequenos cálculos na vesícula) e carcinoma de cólon;
Aparelho genito-urinário e reprodutor – infertilidade e amenorréia (ausência anormal da menstruação), incontinência urinária, hiperplasia e carcinoma de endométrio, mama, carcinoma da próstata, hipogonadismo hipotalâmico e hirsutismo;
Outras alterações – osteoartrose, insuficiência venosa crônica, risco anestésico, hérnias e propensão a quedas.
Além das alterações físicas, a obesidade causa inúmeros problemas de locomoção, dificuldade para caminhar, passar na roleta do ônibus, sentar-se em bancos comuns, brincar em parques de diversões ou mesmo ir ao cinema e não conseguir acomodar-se na poltrona.
A dificuldade de encontrar trabalho e ser contratada é maior.
Esses fatores geram o isolamento social e causam no individuo a depressão e a perda da auto-estima.
Assim, a obesidade é uma doença crônica que deve ser tratada por uma equipe multidisciplinar composta por psicólogo, nutricionista e endocrinologista.
O paciente tem um papel fundamental na manutenção do seu peso, seguindo a orientação dos profissionais e praticando algum tipo de atividade física.